Os cariocas vem testemunhando os últimos acontecimentos na cidade maravilhosa do Rio de Janeiro. Muitos atentados ocorreram nos últimos dias, com incêndios de carros, ônibus, motos e outras ações comandadas de dentro dos presídios que deveriam ser de segurança máxima. A grande questão que quero abordar não é o confronto da polícia com os bandidos, nem do programa de segurança do Estado, mas o que teremos como resultado de toda essa ação.
As pessoas que vivem em comunidades dominadas pelo tráfico vivem debaixo de duas constituições. A do Estado a que todos nós deveríamos conhecer e respeitar, e uma outra constituição escrita com sangue, violência e medo. São leis que cada morador precisa observar e seguir sobre o perigo de ser morto ou violentado em sua própria casa, diante de sua própria família. São famílias sem liberdade, sem cidadania, sem sonhos ou esperança.
Com a pacificação dessas comunidades, se restaura o que foi perdido há anos, a democracia, a ordem e a cidadania. Um das moradoras da Vila Cruzeiro entregou um bilhete hoje pela manhã a uma repórter da Rede Globo e nesse bilhete (ao lado) há um grito de socorro, de alívio, de esperança, de liberdade e de uma fé em uma Santa. É um grito também por um Deus que é capaz de libertar suas vidas por completo.
Não tenho dados para afirmar o que vou dizer agora, mas acredito que a medida que a igreja se fecha em suas 4 paredes, voltadas apenas para suas atividades e rituais, a violência cresce, se expande e faz mais vítimas. Com certeza precisamos espalhar as boas novas, levar a esperança a todas as pessoas e fazer a diferença neste mundo. O Reino de Deus precisa chegar até a essas comunidades.